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Vamos falar de PSOAS?

Foto do escritor: Cátia de SouzaCátia de Souza

Atualizado: 29 de ago. de 2024

Sim! Escrevi certo PSOAS!


Se Walt Disney já dizia que para transformar seus sonhos em realizade, você precisa de PESSOAS, eu complemento que você também precisa de PSOAS, e não é um "neologismo", de alguma bandeira ideológica. Aliás, seja em "des filhes", dos filhos, ou em desfiles, PESSOAS fazem a diferença e também o psoas, enfim...


Estou me referindo ao músculo psoas, parte do grupo muscular iliopsoas, que na maioria das vezes nem nos damos conta de sua existência, mas ele certamente está em pleno funcionamento e saudável, uma vez que quando disfuncional sempre notamos.


O grupo muscular iliopsoas está localizado profundamente, conectando o membro inferior à coluna, é composto de 03 músculos: ilíaco, psoas maior e psoas menor. É o principal flexor do quadril.


Se você estiver de pé e tirar um dos pés do chão, puxando a coxa para cima, este é o movimento de flexão do quadril, exemplo disso é quando andamos, quantas vezes retirarmos os pés do chão para o passo ou ao subir o pé para apoiar num degrau.


Imaginaram a importância? É tão importante que quando disfuncional, poderemos ter problemas, não só na coluna, mas no quadril e no joelho.


O psoas maior tem fixações desde a 5º vértebra torácica (T5) última vértebra lombar (L5), até o trocanter menor do fêmur; além de flexor do quadril atua na flexão lateral do tronco ou inclinação, na rotação externa e estabilidade do quadril e na postura ereta quando sentado e de pé.


O psoas menor, é considerado por alguns autores resquício de quando éramos quadrúpedes e atualmente está ausente na maioria das pessoas, e quando presente pode estar inativo, ou até estar presente somente em um lado, localizado na parede póstero lateral do abdome com suas fixações desde T12 (12º vértebra torácica), L1 (primeira vértebra lombar) até a eminência iliopúbica, por isso não participa do movimento de membros inferiores de flexão do quadril, e sim do ato de dobrar o tronco para frente (flexão de tronco).


Além de principal flexor do quadril, o iliopsoas também é um rotador externo do quadril e também é considerado um dos músculos do CORE. O psoas maior está ativo no ato de sentar e manter postura ereta, na corrida, no movimento de chute, e quando não estiver participando como personagem principal, ou seja, ativo em seu movimento principal, provavelmente estará ativo estabilizando a coluna vertebral.


Tudo bem, mas como saber se o psoas está bem, o mais notório sintoma de problemas com o iliopsoas é dor, mas podem existir outros como dificuldade de iniciar o passo por exemplo, subir o pé para o degrau seguinte, por fraqueza.

É relativamente comum que casos de dor lombar, quadril, ou dor pélvica, pós operatórios de abdome, fêmur e quadril sofram grande influência de um iliopsoas disfuncional, no mínimo com espasmo muscular e trigger points.


Ele também pode sofrer com tendinopatias, bursites geradas por sobrecargas como em lesões por esforço repetitivo. A lesão do iliopsoas é a segunda mais comum no futebol por exemplo, não só pela corrida, mas em especial pelos chutes, óbvio.


Existe ainda o ressalto do psoas, que é um estalo audível, palpável, doloroso ou não, durante alguns movimentos do quadril, que se deve ao atrito do psoas na eminência pectínea.


Uma condição grave envolvendo o iliopsoas é o abcesso de iliopsoas, consequencia de processo infeccioso/inflamatório por trauma, baixa imunidade, doença de Crohn, diverticulite, apendicite, osteomielite, sacroileíte infecciosa, artrite séptica, etc. A presença de febre é o diferencial nestes casos.


Permanecer sentado por longos períodos, pode ser gatilho para dor lombar, pélvica, no quadril, dificuldade de ficar de pé caminhar, respirar fundo, subir escadas e ladeiras, levantar da cadeira, por encurtamento do psoas.


Na fisioterapia durante o exame clínico, são realizados testes específicos e palpações de pontos-chaves que ajudam a reproduzir os sintomas e rastrear encurtamento muscular, espasmo, trigger points, fraqueza muscular.


Uma vez identificada a "disfunção" o tratamento fisioterapeutico visa restaurar a função e pode incluir:


  • Eletroterapia

  • Termoterapia

  • Técnicas de terapia manual

  • Técnicas de liberação miofascial

  • Mobilizações vertebrais

  • Técnicas de alongamento

  • Exercícios ativos;

  • Entre outros de acordo com as particularidades de cada paciente.


Lá no início eu brinquei com neologismos, mas a abordagem do psoas é tão complexa, assim como nosso idioma.


O psoas é considerado por alguns algo quase "místico" e espiritual por sua localização... e por isso, quanto mais ciência melhor e talvez seja até uma questão ontológica, mas isso é outro papo, pra lazer, com z mesmo!


Precisamos de literaturas mais robustas não só sobre avaliação - em especial palpação e liberação do psoas, que alguns acreditam ser impossível devido a sua profundidade e camadas de músculos e órgãos que o recobrem - como a respeito de fortalecimento, enfim de toda a abordagem.


Não é que não existam pesquisas, mas precisamos de mais e melhores desenhos, já existem até por exemplo alguns trabalhos que tentam correlacionar medidas do psoas com sarcopenia e mortalidade, mas ainda precisam de mais estudos.


Então me conta: você já sofreu ou está sofrendo com psoas?


Carpe diem!


C.











 
 
 

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